Tipos de lubrificante industrial e suas aplicações

Uma lubrificação adequada é um fator primordial para evitar falhas e paradas não planejadas em máquinas industriais. Essa medida ajuda a proteger os componentes e a prolongar o tempo de atividade desses ativos, reduzindo os custos com reposição de peças e evitando gastos desnecessários.

Geralmente, a tarefa de lubrificação das máquinas industriais é considerada bastante simples, fato que faz com que muitos gestores não deem a atenção necessária. Contudo, é uma das partes fundamentais para o funcionamento adequado de uma planta industrial.

Neste artigo, vamos mostrar quais são os principais tipos de lubrificantes industriais e suas aplicações e como eles podem contribuir para aumentar ou diminuir a vida útil desses equipamentos.

Importância do lubrificante industrial para as máquinas

Quando aplicados corretamente, os diversos tipos de lubrificantes e suas aplicações contribuem para manter a integridade dos equipamentos, reduzir atrito e aumentar a vida útil dos componentes. Eles minimizam os danos causados por altas temperaturas, corrosão e atritos. Desse modo, diminuem o desgaste das máquinas e garantem a segurança e a estabilidade da cadeia produtiva.

Quais são os tipos de lubrificante industrial?

Os lubrificantes industriais podem ser classificados em quatro tipos principais: óleo, graxa, lubrificantes penetrantes e lubrificantes secos.

Os dois lubrificantes mais comuns no uso cotidiano são o óleo e a graxa, mas a sua instalação ainda usará os lubrificantes secos e os penetrantes.

Conheça mais detalhes sobre cada um deles.

Lubrificantes líquidos (óleos)

Compostos por óleo básico e aditivo, são usados em componentes que demandam alta velocidade e carga. No entanto, apresentam baixa viscosidade e perda de atrito. Os lubrificantes líquidos são divididos em três tipos: orgânico, mineral e sintético.

O orgânico tem como base principal gorduras vegetais e animais, enquanto o óleo mineral é extraído do petróleo. Já aqueles com base sintética são desenvolvidos em laboratório, com um custo mais elevado.

Lubrificantes pastosos (graxa)

As graxas são criadas pela combinação de óleo (geralmente óleo mineral) com espessantes (como sabonetes à base de lítio). Lubrificantes como bissulfeto de molibdênio, grafite e outros podem ser combinados com partículas adicionais.

As graxas são usadas quando os óleos líquidos não conseguem parar no local necessário. O objetivo é diminuir o atrito, o aquecimento e o desgaste e preservar a máquina da corrosão. Elas também podem atuar como uma barreira, protegendo as superfícies de contaminantes que possam danificá-las.

Utilizadas no “meio-termo” entre os estados líquido e sólido, as graxas têm a capacidade de se misturar bem com os lubrificantes no óleo, adicionando viscosidade e permitindo que os lubrificantes se acumulem nas superfícies.

Lubrificantes sólidos

Usado em condições extremas, os lubrificantes sólidos são inseridos entre componentes das peças que trabalham em atrito. Resistem a altas temperaturas (500 ºC ou mais). Os mais usados são: grafite, óxido de zinco (ZnO2), talco, mica e bissulfeto de molibdênio (MoS₂).

Lubrificantes gasosos

Aplicados em casos especiais, quando não é possível usar outros lubrificantes. Os gases normalmente utilizados são o nitrogênio e o hélio.

Além de promoverem baixo atrito em razão da viscosidade, os lubrificantes gasosos podem ser usados em algumas faixas de temperatura. No entanto, eles têm baixa capacidade de carga e necessitam de componentes com bom acabamento.

Uma viscosidade adequada é o que mantém uma boa lubrificação. Por exemplo, se o lubrificante for líquido, chegará mais rápido ao local, mas não ficará lá por muito tempo. Quanto mais grosso, mais difícil de escorrer, deixando as peças mais lubrificadas.

Composição dos lubrificantes industriais

Os óleos lubrificantes podem ser de origem animal ou vegetal, derivados de petróleo (óleos minerais) ou produzidos em laboratório (óleos sintéticos), podendo ainda ser constituídos pela mistura de dois ou mais tipos (óleos compostos).

Lubrificantes minerais

Produzidos por meio de uma combinação de aditivos e de óleos básicos obtidos pelo refino do petróleo, auxiliam no funcionamento de motores movidos a gasolina e a óleo diesel.

O óleo mineral não é tão desenvolvido quanto os sintéticos e os semissintéticos, pois contém mais impurezas em sua composição. No entanto, ele ainda é o produto mais comum e tradicional do mercado.

Lubrificantes sintéticos

São produzidos a partir da mistura de óleos básicos sintéticos e aditivos, o que o torna mais aprimorado do que os minerais e os semissintéticos. Como resultado, são mais robustos, apresentando maior durabilidade e eficiência. Livres de contaminantes, eles geralmente apresentam um melhor desempenho na lubrificação do motor.

Em relação à durabilidade, os óleos sintéticos apresentam um período maior entre trocas de óleo em comparação com qualquer outro tipo de lubrificante, pois apresentam uma composição química sofisticada, o que favorece uma menor oxidação nas peças lubrificadas.

Lubrificantes semissintéticos

O óleo semissintético também contém uma base mineral que passa por vários processos de desenvolvimento. No entanto, após o acréscimo de aditivos, a quantidade de óleo mineral que está no produto se torna pequena. A classificação “semissintético” foi escolhida porque esse óleo não pode mais ser considerado sintético ou mineral, já que em sua composição há óleos sintéticos com óleos minerais.

Esse lubrificante industrial oferece maior estabilidade térmica e oxidativa, se comparado ao óleo mineral. Além disso, ele proporciona melhor capacidade de manter a viscosidade adequada, já que pouquíssimos contaminantes estão presentes.

Melhore a ação dos lubrificantes industriais com aditivos

Os aditivos têm como função melhorar a performance e potencializar as propriedades do óleo. Cada maquinário industrial requer um tipo de aditivo diferente, com aplicações distintas.

Detergentes

Esses aditivos são óleos destinados à lubrificação de motores, servindo para limpar os resíduos de carbono que possam existir durante a combustão. Os detergentes mantêm as partículas insolúveis, minimizando o acúmulo de substâncias indesejáveis. Além disso, eles deixam as paredes internas dos motores perfeitamente limpas, retirando qualquer resíduo de carbono e vernizes.

Dispersantes

Os dispersantes têm a função de manter as superfícies dos componentes mecânicos limpas, deixando todo tipo de sujidades em suspensão no óleo. Esses aditivos acrescentam novas propriedades ao lubrificante, garantindo um bom funcionamento do compartimento e a sua disponibilidade.

O mecanismo de funcionamento da molécula desse tipo de aditivo é bem simples. Ela possui uma parte polar em sua estrutura que tem a função de interagir com a superfície da partícula da sujidade e uma cauda oleofílica, que permite que as moléculas do lubrificante fiquem em suspensão no óleo.

As moléculas do aditivo interagem com a partícula até envolvê-la completamente, fazendo com que ela não tenha uma superfície suficiente para se aglomerar com outras substâncias indesejáveis, como produtos de oxidação, contaminantes e partículas de fuligem.

Anticorrosivos e antiferrugens

Os aditivos anticorrosivos neutralizam materiais ácidos de contaminantes ou do próprio óleo lubrificante que poderiam causar a corrosão de superfícies metálicas dos equipamentos, como mancais. Eles ajudam na proteção e aumentam a vida útil das máquinas industriais.

Também categorizados como anticorrosivos, os aditivos antiferrugem são aplicados com o objetivo de prevenir que a ferrugem se forme nas peças ferrosas dos equipamentos. Esse tipo de aditivo é comum em máquinas que entram em contato intenso com água, como na siderurgia e na mineração.

Antiespumante

Esse aditivo é comum nas máquinas com contato direto com a água. Ele diminui a entrada indesejada de ar no sistema e garante homogeneidade na aplicação do produto, evitando a formação de bolhas e reduzindo a tensão entre o ar e o óleo. Desse modo, ele impede que o processo de ferrugem atinja as peças.

Desemulsificantes

Esses aditivos são utilizados quando é preciso evitar a formação de emulsões entre qualquer tipo de fluido, ou quando é necessário separar essas emulsões de forma rápida.

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